Existe uma linha tênue separando o consumo social de bebidas alcoólicas e o excesso, que provoca muitos problemas na saúde física e emocional, gerando conflitos nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Acompanhe este artigo e saiba quando o álcool se torna um problema na vida de uma pessoa!
Consumo de álcool e reflexos sociais
O consumo de álcool cresce no Brasil e provoca cada vez mais danos. De acordo com um estudo intitulado Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), feito pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, 32% da população brasileira bebe de forma moderada. Já os que consomem exageradamente, apresentando um comportamento nocivo com relação ao álcool, somam 16%.
Além disso, há outras consequências do alcoolismo. Segundo o estudo, no Brasil, cerca de 40 mil mortes por acidente de trânsito e 60 mil homicídios, ocorridos a cada ano, acontecem em decorrência do uso de álcool a cada ano.
Como se não bastasse, a violência doméstica e o feminicídio, inclusive, apresentam influência direta do consumo de álcool como um vetor de agressão.
Do consumo social ao alcoolismo
Segundo a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), estabelece-se como aceitável o limite de quatro doses diárias no caso dos homens e três para as mulheres. Aqui, uma dose equivale a 330 ml de alguma bebida alcoólica.
Mas, claro, exceder essa quantidade não significa que a pessoa é alcoólatra. Existe uma lista de questionamentos que os profissionais de saúde costumam fazer para a pessoa, antes de diagnosticá-la com o alcoolismo:
- É corriqueiro beber mais do que pretendia?
- Tentou reduzir o consumo, mas não conseguiu?
- Quando quer uma bebida não consegue pensar em outra coisa?
- A bebida interfere com frequência no cuidado da casa, família, estudos ou trabalho?
- Desiste de atividades importantes para poder beber?
- Por causa da bebida, já aumentou as chances de se machucar em tarefas como dirigir, nadar, usar máquinas, caminhar em uma área perigosa ou fazer sexo inseguro?
- Continua a beber mesmo sentindo-se deprimido ou aumentando outro problema de saúde?
- Precisa beber muito mais do que antes para obter o efeito desejado?
- Verifica sintomas de abstinência, como problemas para dormir, tremores, inquietação, náusea, sudorese, coração acelerado ou convulsão, etc.?
De acordo com especialistas, responder afirmativamente a três dessas peguntas, já demonstra um distúrbio leve em relação ao consumo de álcool. Se o sim for para seis questões, então o caso pode ser sério – mas, claro, apenas um profissional de saúde, poderá avaliar se trata-se ou não de alcoolismo.
Consequências da dependência alcoólica
Quando beber socialmente vira um hábito recorrente, é aí que reside o perigo levando a problemas na vida pessoal e profissional.
A doença do alcoolismo abala famílias, coloca em xeque a convivência, o casamento e até a capacidade profissional do indivíduo.
Uma pesquisa que levou em conta a população americana denuncia: nos Estados Unidos, o número de pessoas diagnosticadas com alcoolismo teve um aumento de 49% nos últimos dez anos.
Segundo o estudo, o estilo de vida que coloca o consumo como um status, uma condição a ser alcançada para se manter aceito no ciclo social, ajuda a estimular o alcoolismo.
A falsa ideia que beber mais do que o outro significa ser mais forte, nem mais viril é outro mito que precisa ser desconstruído em favor de uma melhor saúde e cuidado com o corpo.
Alcoolismo afeta homens e mulheres e aumenta em períodos de tensão
O alcoolismo, entretanto, não é problema exclusivo dos homens. Hoje em dia as mulheres também roubam a cena quando o assunto é bebida alcoólica – quem cuida melhor da saúde: homem ou mulher? Descubra!
Dados do Ministério da Saúde mostraram que o consumo abusivo de álcool aumentou 42,9% entre as mulheres nos últimos anos. Isso se deve a maior presença delas no mercado de trabalho, uma rotina social mais ativa, de acordo com órgão.
Neste período de confinamento decorrente da pandemia, onde tensão e incertezas se intensificam, o aumento do consumo de álcool assusta. Com bares e restaurantes fechados, as pessoas passaram a beber mais em casa, o que levou especialistas a, recomendarem que o comércio de bebidas alcoólicas seja restringido durante época de quarentena.
Para se precaver de problemas, é preciso colocar a saúde sempre em primeiro lugar. Nesse sentido, um acompanhamento regular, com a prática de exames e avaliações com especialistas, é essencial.
Um médico especializado também poderá avaliar os reflexos que a quantidade de álcool ingerida causa no corpo, devendo recomendar ou não a redução e dosagem do consumo.
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