A Síndrome de Burnout tem se tornado algo comum entre pessoas que trabalham muito, acumulam funções e, como consequência, adquirem um estresse crônico.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa síndrome causa a sensação de esgotamento mental, o surgimento de pensamentos negativos e, por fim, a baixa eficiência nas atividades cotidianas.
O Burnout é uma doença que existe há séculos, mas só nos últimos anos gestores e equipes de RH passaram a analisar mais a fundo essa condição. Porém, apesar do que muitos acreditam, os cuidados com a saúde mental dos colaboradores é sim um dever da empresa.
Com a inclusão da Síndrome na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), as empresas se tornam responsáveis pela saúde mental dos seus funcionários no ambiente de trabalho. Diante destes cenários, quais medidas são mais efetivas na prevenção e no tratamento do Burnout?
Em breve nos aprofundaremos nessa questão, mas antes vamos entender melhor do que se trata essa síndrome e quais são os seus sintomas.
O que é o Burnout?
Segundo a psicologia, a Síndrome de Burnout é uma resposta do nosso corpo aos estressores interpessoais crônicos no trabalho. Por isso, podemos considerá-lo como o resultado da exaustão emocional, o que implica diretamente na realização pessoal.
O Burnout começa a dar os primeiros sinais quando uma pessoa passa a trabalhar além dos seus limites, com isso alguns sintomas mais comuns começam a surgir. Entre as principais características estão: cansaço físico e mental, distanciamento e sentimentos de negativismo.
Principais sintomas da Síndrome de Burnout
- Exaustão física e mental;
- Perda de apetite;
- Dificuldades de concentração;
- Mudanças contínuas de humor;
- Insônia;
- Isolamento social;
- Ansiedades;
- Dores intensas de cabeça;
- Sensação de insegurança.
É importante ressaltar que os sintomas podem ser percebidos no físico e no psicológico do indivíduo. Em casos mais graves, a síndrome pode despertar problemas que vão de gastrite a pensamentos suicidas.
Outro ponto de atenção é que antes da inclusão do Burnout na CID-11, a síndrome era vista como um problema de saúde mental e um quadro psiquiátrico. Com a atualização, as empresas precisam ficar mais atentas a esses casos, não somente para promover a saúde dos colaboradores, mas também para evitar maiores transtornos.
Gatilhos para o Burnout
No ambiente de trabalho existem alguns fatores que podem contribuir para o surgimento do Burnout, entre eles estão:
- Sobrecarga de tarefas;
- Competitividade excessiva;
- Metas inalcançáveis;
- Remuneração incompatível com o mercado;
- Falta de flexibilidade.
Entendendo essas questões, as empresas precisam ficar atentas e observar as verdadeiras causas de afastamento de colaboradores. Além disso, quedas na produtividade podem ser um sinal de que algo está errado.
Como é feito o tratamento?
O início do tratamento se dá através de um diagnóstico clínico no qual o médico irá avaliar o histórico do paciente. Nessa análise o auxílio de questionários desenvolvidos para a identificação de distúrbios mentais podem ser de grande ajuda.
Caso confirmado o quadro do colaborador, ele deve ter o afastamento remunerado a ser avaliado de três em três meses, com duração de até 12 meses. O tratamento deve se compor de terapia e práticas meditativas que podem ser aliadas ao uso de antidepressivos. A duração do tratamento dependerá de cada paciente e de seu quadro clínico.
Quais os profissionais que mais sofrem com a Síndrome de Burnout?
Segundo a Isma Brasil, cerca de 33 milhões sofrem com a síndrome, além disso existem algumas profissões que se destacam como as principais causadoras do Burnout.
Lembramos que são as condições de trabalho que influenciam no desenvolvimento da doença e não a profissão em si. Confira a lista de profissões em que o Burnout é mais comum:
- Jornalista;
- Profissional da Saúde;
- Professor;
- Advogado;
- Executivos;
- Bancários;
- Atendentes de telemarketing;
- Profissionais da área de RH.
Como prevenir o Burnout?
Agora que você já sabe como identificar os sintomas dessa síndrome, vamos compartilhar algumas dicas com ações que vão diminuir as chances do surgimento do Burnout. Confira!
A comunicação é fundamental
Muitas vezes, a síndrome surge pelo acúmulo de tarefas, diante de rotinas agitadas é comum que os profissionais acreditem que dão conta de tudo.
Desta forma acabam acumulando tarefas e deixando de comunicar aos seus superiores que precisam de ajuda.
Saiba estabelecer suas prioridades
Um bom planejamento é ideal para quem deseja levar uma vida mais leve e sem preocupações, visto que o excesso de compromissos influencia no desenvolvimento desta doença. Por isso, não assuma compromissos sem antes avaliar a sua disponibilidade. Caso surjam várias tarefas inadiáveis organize-as de acordo com sua urgência e nível de importância.
Identifique seus gatilhos de estresse
Algumas situações rotineiras colaboram com o agravamento da síndrome, desta forma elas devem ser evitadas ao máximo. Cobranças excessivas, competição intensa e falta de intervalos são exemplos de condições que geram estresse no ambiente de trabalho. Então é preciso entender as melhores formas de melhorar a relação entre empresas e colaboradores.
Limite o seu tempo de trabalho
Nossa última dica é também uma das mais importantes. De nada adianta um profissional que trabalha por horas e horas, se no final da semana ele já não tem mais energia para desempenhar atividades simples.
Então tenha sempre estabelecido o limite de tempo de trabalho, além disso, não se esqueça dos intervalos, eles são essenciais para que você mantenha constância em suas atividades. Nesses intervalos procure movimentar e alongar o corpo e respire lenta e profundamente. Lembre-se de ter uma atividade prazerosa e relaxante. Fazer pequenas coisas de que se gosta fortalece a autoestima e relaxa a mente!
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