Fome excessiva: o que pode ser (e o que fazer para controlar)

fome excessiva

Você acabou de almoçar, mas, menos de uma hora depois, sente aquele vazio no estômago novamente. Não é apenas “vontade de comer um docinho”; é uma urgência física por comida. Se essa cena é recorrente na sua rotina, seu corpo pode estar enviando um sinal de alerta que vai muito além da gula.

Na medicina, o aumento anormal do apetite é chamado de Polifagia. Embora ter um bom apetite seja sinal de saúde, a necessidade constante de ingerir alimentos — muitas vezes acompanhada de perda de peso ou sede intensa — pode indicar desequilíbrios hormonais, nutricionais ou emocionais.

Antes de correr para a geladeira, é preciso entender a diferença vital entre a fome física (que acontece gradualmente e aceita qualquer alimento) e a fome emocional (que surge de repente e exige um alimento específico, geralmente calórico).

Se você sente que perdeu o controle sobre o garfo, confira abaixo as 12 causas mais prováveis e como agir em cada caso.


1. Desidratação: O “erro” de interpretação do cérebro

Parece simples demais para ser verdade, mas é a causa mais comum. O hipotálamo, região do cérebro que regula tanto a fome quanto a sede, pode confundir os sinais quando você está levemente desidratado.

Muitas vezes, a letargia que você sente no meio da tarde não é falta de energia (comida), é falta de hidratação.

  • Sinais de alerta: Urina amarelo-escura, boca seca e dor de cabeça leve.
  • O que fazer: Aplique a “Técnica do Copo D’água”. Antes de comer algo fora de hora, beba um copo grande de água e aguarde 15 minutos. Se a fome passar, era apenas sede.

2. Compulsão alimentar e Ansiedade

A comida é, quimicamente, uma fonte de prazer e alívio imediato. Em momentos de alta ansiedade, o cérebro busca uma “recompensa” rápida para acalmar os nervos. A compulsão se caracteriza por comer grandes quantidades em pouco tempo, muitas vezes até sentir desconforto físico, com uma sensação de perda de controle.

  • O que fazer: Evite dietas restritivas, pois elas aumentam o ciclo da compulsão. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é o padrão-ouro para tratar esse quadro.

3. Alimentação inadequada (O ciclo do carboidrato)

Seu café da manhã é baseado em pão branco, biscoitos ou cereais açucarados? Esses são carboidratos simples. Eles geram um pico rápido de insulina, que “limpa” o açúcar do sangue rapidamente. O resultado? Uma queda brusca de energia (hipoglicemia de rebote) que faz o cérebro gritar por comida novamente em pouco tempo.

  • O que fazer: Aumente o aporte de fibras e proteínas. Elas têm digestão lenta e mantêm a saciedade por horas. Tente incluir ovos, iogurtes proteicos ou aveia nas refeições.

4. Estresse Crônico (O efeito do Cortisol)

Quando você está estressado, seu corpo entra no modo “lutar ou fugir”. Para isso, ele libera Cortisol. Esse hormônio faz o organismo acreditar que precisa de muita energia rápida para lidar com uma ameaça iminente. É por isso que, sob estresse, raramente desejamos salada; queremos gordura e açúcar.

  • O que fazer: Além de técnicas de respiração e pausas na rotina, é vital investigar seus níveis hormonais em um check-up regular para saber se o estresse já está afetando sua fisiologia.

5. Sono inadequado

Dormir mal não deixa você apenas cansado; deixa você faminto. O sono regula dois hormônios cruciais:

  1. Grelina: O hormônio da fome (aumenta quando dormimos pouco).
  2. Leptina: O hormônio da saciedade (diminui quando dormimos pouco).

Executivos e profissionais que dormem menos de 6 horas por noite tendem a consumir, em média, 300 a 500 calorias a mais no dia seguinte.

  • O que fazer: Priorize a higiene do sono. Desligue telas 1 hora antes de deitar e mantenha o quarto totalmente escuro.

6. Gravidez

O aumento do apetite é normal na gestação devido à demanda energética para formar o bebê. O corpo exige mais micronutrientes.

  • Atenção: Se a fome vier acompanhada de sede excessiva e vontade frequente de urinar, informe seu obstetra imediatamente. Isso pode indicar Diabetes Gestacional, um quadro que exige monitoramento rigoroso.

7. TPM (Tensão Pré-Menstrual)

Na segunda metade do ciclo menstrual, os níveis de progesterona sobem e, posteriormente, caem junto com o estrogênio. Essa montanha-russa hormonal derruba a serotonina (hormônio do bem-estar). O corpo, inteligentemente, pede carboidratos (doces/massas) porque eles ajudam a produzir serotonina temporariamente.

  • O que fazer: Invista em alimentos ricos em triptofano, como cacau (chocolate amargo) e banana, que ajudam na produção de serotonina sem desequilibrar a glicemia.

8. Diabetes (O ponto de atenção máxima)

Esta é a causa médica mais séria da Polifagia. No Diabetes (Tipo 1 ou 2), a glicose (açúcar) circula no sangue, mas não consegue entrar nas células devido à falta de insulina ou resistência a ela.

Pense assim: suas células estão “morrendo de fome” sem energia, mesmo que seu sangue esteja cheio de açúcar. O cérebro, percebendo a falta de energia celular, dispara o sinal de fome intensa.

  • Tríade de Sintomas: Polifagia (fome), Polidipsia (sede excessiva) e Poliúria (muita urina).
  • O que fazer: Se você apresenta esses três sintomas, não espere. É fundamental realizar exames de glicemia e hemoglobina glicada. No Vita Check-up Center, esses marcadores são avaliados no mesmo dia, garantindo um diagnóstico precoce.

9. Efeitos colaterais de medicamentos

Alguns remédios “abrem o apetite” como efeito colateral. Os mais comuns são corticoides, alguns antidepressivos, antialérgicos (anti-histamínicos) e estabilizadores de humor.

  • O que fazer: Nunca interrompa a medicação por conta própria. Converse com seu médico sobre a possibilidade de trocar a substância ou ajustar a dieta para compensar.

10. Hipoglicemia

Ao contrário do diabetes (onde o açúcar sobra no sangue), na hipoglicemia o açúcar cai a níveis perigosos. O corpo entra em estado de emergência e pede comida imediatamente para evitar desmaios ou convulsões.

  • O que fazer: Consumir um carboidrato de rápida absorção imediatamente. Se isso ocorre com frequência, é necessário investigar se você tem hipoglicemia reativa.

11. Parasitas Intestinais (Vermes)

Embora pareça algo antigo, a infecção por parasitas como a tênia (solitária) ainda é comum. O verme compete com você pelos nutrientes que ingere. Você come, mas o parasita consome a energia, deixando seu corpo perpetuamente carente e faminto.

  • O que fazer: Um simples exame de fezes, incluído em rotinas completas de check-up, pode identificar o problema.

12. Hipertireoidismo

A tireoide é o pedal do acelerador do seu metabolismo. No hipertireoidismo, ela trabalha demais, fazendo o corpo queimar calorias em velocidade recorde. A pessoa sente uma fome voraz, come muito, mas continua perdendo peso.

  • Sinais associados: Tremores nas mãos, olhos saltados, taquicardia e intolerância ao calor.
  • O que fazer: Consultar um endocrinologista para dosar os hormônios TSH e T4 livre.

O corpo fala. Você está ouvindo?

Ter fome é um sinal vital de que estamos funcionando. Porém, o excesso é sempre um pedido de ajuda do organismo. Seja por um ajuste na rotina de sono ou pelo início de uma condição como diabetes ou distúrbio da tireoide, a dúvida é o pior inimigo da sua saúde.

Para quem tem uma rotina corrida, investigar cada um desses 12 pontos com especialistas diferentes pode levar meses. No Vita Check-up Center, na Barra da Tijuca, nós entendemos o valor do seu tempo.

Nossos programas de Check-up Executivo permitem que você realize avaliações cardiológicas, metabólicas, nutricionais e hormonais — incluindo testes para diabetes, tireoide e muito mais — tudo em um único dia, com máximo conforto e resultados rápidos.

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