O dia 8 de abril é mundialmente celebrado como Dia Mundial do Combate ao Câncer. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é para conscientizar a população a respeito da prevenção da doença, bem como sobre os seus riscos. Ela também serve para ratificar a importância de um diagnóstico precoce da enfermidade a fim de evitar o avanço do problema para, assim, aumentar as chances de cura do paciente.
Hoje, inspirados nessa data, nós, do VITA Check-up, resolvemos falar de um assunto específico: o que muda no tratamento do câncer diante do momento atual pelo qual passa o mundo — de pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Vamos juntos?
Primeiramente: números e um apanhado geral
“O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria dos países” — foi o que afirmou uma publicação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão brasileiro auxiliar do Ministério da Saúde.
O documento, que tem como objetivo apresentar as estimativas da doença para 2020, também traz os dados do último parecer mundial (2018) referente aos números da enfermidade. Naquele ano foram: 18 milhões de casos novos de câncer e 9,6 milhões de óbitos – leia o artigo Testes genéticos ajudam a prevenir o câncer e veja como é possível ter um diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura.
“O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo (2,1 milhões) seguido pelo câncer de mama (2,1 milhões), cólon e reto (1,8 milhão) e próstata (1,3 milhão)”, salientou ainda o texto.
Já a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022, em termos de Brasil, é de que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer. “O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil)”, pontuou o documento do Inca, que reforça que a prevenção é o melhor caminho para descobrir e tratar a doença logo no início, obtendo maiores chances de cura.
Recentemente, no entanto, surgiu mais um motivo de preocupação nesse sentido — pacientes em tratamento de câncer estão no grupo de risco do novo coronavírus (ou seja, estão mais propícios a sofrerem com complicações da COVID-19), junto com os idosos, os portadores de doenças crônicas e os cardíacos. Bem por isso, devem seguir algumas orientações.
Confira, a seguir!
Novo coronavírus: o que muda na rotina de tratamento do câncer?
Em geral, as indicações para os pacientes em tratamento do câncer são, basicamente, as mesmas feitas para qualquer pessoa — todavia, os cuidados devem ser redobrados.
É fundamental, por exemplo, evitar aglomerações, ambientes fechados, qualquer tipo de contato físico, como beijar e abraçar os outros — e, especialmente, evitar contato com qualquer pessoa que tenha sintomas gripais, ou que esteja sendo monitorada por possível infecção pela COVID-19.
Outra prática fundamental para todos, e que os pacientes em tratamento do câncer não podem esquecer de jeito algum, é higienizar regularmente as mãos com água e sabão por cerca de 40 a 60 segundos, ou com álcool gel 70% por pelo menos 20 a 30 segundos. Também é preciso higienizar objetos e superfícies tocadas com frequência; além de evitar tocar nos olhos, nariz e boca.
Mas, quanto às visitas hospitalares?
Pacientes em tratamento do câncer não devem, de forma alguma, interromper o seu tratamento — mas, sim, conversar com o seu médico sobre como minimizar, ao máximo, os riscos. O mais indicado é restringir as visitas hospitalares àquelas que são, de fato, estritamente necessárias — ou seja, se possível, adiar consultas e exames de rotina, para reduzir a exposição (mas tudo deve ser conversado e decidido pelo médico responsável pelo tratamento).
Quando no hospital, deve-se, ainda, circular o mínimo possível pelo local, e aumentar a frequência de higienização das mãos com álcool gel. Quando chegar em casa, o paciente deve colocar para lavar toda a roupa que estava usando e, se possível, ir direto ao banho.
Outros cuidados
Em caso de qualquer sintoma, como febre ou tosse, o paciente em tratamento do câncer deve avisar imediatamente o seu médico — para que ele possa fazer uma avaliação detalhada do quadro e dar orientações mais específicas.
Fazer o máximo para manter a imunidade o mais alta possível também é muito importante — é fundamental, por exemplo, manter uma alimentação saudável e beber bastante água. Ainda, o paciente em tratamento do câncer não deve esquecer de tomar, anualmente, a vacina contra a gripe (influenza).
Vale lembrar, por fim, que, para qualquer pessoa, a indicação — quando tossir ou espirrar — é de cobrir o nariz e a boca com o antebraço, e não com as mãos.
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