As mensagens falsas veiculadas via internet tiveram como alvo até a COVID-19. Enquanto a pandemia está vitimando milhares de pessoas ao redor do mundo, outras insistem em criar fatos ilusórios sobre a doença.
As fake news sobre o coronavírus são um grande risco em um momento que pessoas estão em alerta, mais conectadas do que nunca por estarem em suas casas, trabalhando remotamente, e buscando informações, inclusive sobre saúde, via internet.
Expostas às mensagens da internet em meio à quarentena, onde o estresse natural já pode ocasionar problemas, como a elevação da pressão arterial ou ansiedade, as notícias falsas podem acarretar graves estragos.
A Fiocruz, entidade que faz frente no combate à Covid-19, divulgou uma pesquisa com dados sobre fake news sobre o novo coronavírus. Por meio de uma força tarefa, foram analisadas redes sociais como Instagram e Facebook, além do aplicativo de mensagem WhastApp.
E é justamente no aplicativo de bate-papo que circulam mais notícias falsas – 73% do total. E a maior parte dessas mensagens, inclusive, fala sobre formas de combate e prevenção à doença – todas falsas!
Para combater as fake news, e disseminar informação verdadeira, um aplicativo foi criado dentro da própria Fiocruz. O Eu Fiscalizo já pode ser baixado nas lojas virtuais dos sistemas Android e iOS para denunciar a autoria de conteúdos duvidosos em veículos de comunicação, mídias sociais e aplicativos de bate-papo.
Principais fake news relacionadas à COVID-19
COVID-19 é plano maléfico da China!
Essa primeira afirmação está mais para uma teoria de conspiração mal feita. Circula na rede a notícia de que a China “fabricou” o vírus no intuito de revirar a economia mundial a seu favor, já que é uma grande produtora de máscaras e outros EPI’s (equipamentos de proteção individual) utilizados.
Esse plano mirabolante foi compartilhado como notícia em grupos de mensagens e gerou debate – essa fake news sobre o coronavírus chegou até a acarretar problemas diplomáticos entre Brasil e China.
Na verdade, em 2018, a Organização Mundial da Saúde – OMS publicou uma lista de doenças que precisavam ter prioridade e atenção em pesquisas por representarem uma séria ameaça à saúde pública. Além de enfermidades como zika e febre hemorrágicas, entre outras, a listagem apresentou a “doença X”, que seria uma epidemia internacional a ser causada por um organismo ainda desconhecido, capaz de gerar doenças no ser humano e se propagar rapidamente.
Segundo o chefe de epidemiologia do Reino Unido, que integrou o estudo da ONU, Josie Golding, tudo indica que a Covid-19 é a “doença X”.
Infelizmente, a indicação da nova doença não foi suficiente para impedir sua disseminação – mesmo porque somente quando uma pandemia se instala é possível verificar sua gravidade.
Prender a respiração é auto-diagnóstico?
O boato a respeito de um teste caseiro capaz de diagnosticar o novo vírus também tomou outras proporções quando veiculado na rede.
A fake news sobre o coronavírus recomendava que você prendesse a respiração por 10 segundos. Se conseguisse fazer esse “teste pulmonar” sem tossir, estaria livre do vírus.
Coube a infectologistas e clínicos, a partir de entrevistas a veículos de comunicação, desmentirem tal suposição e esclarecer: a melhor forma de diagnosticar a presença do novo coronavírus é através de testes.
Ingestão de álcool ajuda a combater vírus
Pode soar como piada, mas trata-se de outra fake news sobre o coronavírus. No Irã, país onde o consumo de bebidas alcoólicas é proibido por questões religiosas, veiculou-se que o consumo de álcool seria capaz de inibir o aparecimento do vírus.
Muito pelo contrário. Em se tratando de processos infecciosos, como a síndrome respiratória aguda grave, um dos principais efeitos da COVID-19, o álcool pode até agravar a situação. Por essa o recomendado é que se diminua o consumo durante esses tempos de pandemia – e o mesmo vale para o consumo de cigarro.
Vacina está sendo desenvolvida?
O principal mote de grande parte das fake news sobre o coronavírus é a questão da vacina. Já circulou que a China desenvolveu o medicamento às escuras, que na Suíça a vacina já está em ação, que diversos medicamentos, como anticoagulantes, atuam de forma a brecar o vírus.
Nada disso foi comprovado! Existem, sim, muitas pesquisas acontecendo, inclusive com plasma sanguíneo de pacientes que já foram infectados pelo vírus e conseguiram se recuperar. Mas ainda não existe nenhuma resposta conclusiva nos estudos.
Assim, a maior “vacina” contra a Covid-19 até o momento é o isolamento social para impedir a disseminação da doença.
Evitar aglomerações reduz drasticamente as chances de contágio. Manter a higiene das mãos frequentemente, fazer uso de máscara e evitar o contato com superfícies e outros objetos também estão entre as recomendações.
Ficar em casa, inclusive, é um fato que dá ainda mais tempo para a ciência, e todos os especialistas que estão investigando essa doença, conseguirem dar o tratamento adequado aos que precisam sem riscos de superlotação em hospitais.
Mais do que nunca, é preciso ter cuidados com as fake news sobre coronavírus, buscando informações idôneas, como os conteúdos relevantes que você encontra no blog do Vita Check-up. Entre eles, os artigos:
Conteúdos que vão te ajudar a conviver melhor com o isolamento social
Baixa imunidade e sua relação com a Covid-19
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