A Doença de Kawasaki é silenciosa e pode comprometer o desenvolvimento e o futuro de uma criança. Trata-se de uma vasculite que normalmente atinge crianças de 2 a 5 anos, em sua maioria de origem asiática.
Entenda-se por vasculite uma doença que provoca inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos. Isso é provocado pelo acúmulo de proteínas do próprio sistema imunológico (anticorpos) no interior dos vasos, o que obstrui o fluxo de sangue e compromete a oxigenação das células.
Os primeiros casos da doença foram reportados no Japão em 1967 e sua causa ainda não é consenso na comunidade científica. Mas existem algumas hipóteses, como uma resposta imunológica, em que os anticorpos podem se voltar contra o próprio organismo e lesar outras células, não se sabe o porque; a ação de agentes infecciosos no organismo ou fatores genéticos.
Saiba mais sobre esse problema que pode afetar a saúde da criança, já que existe uma possível relação entre essa síndrome e a COVID-19.
Conheça os sintomas da Doença de Kawasaki
Antes de falar dos sintomas da doença, é importante salientar que, uma vez instituído o tratamento no início do aparecimento dos sintomas, o prazo médio de recuperação gira em torno de 6 meses.
Inicialmente, os sintomas são febre alta – perto dos 40ºC – (que pode perdurar por até 2 semanas), vermelhidão do tronco e da região genital, olhos vermelhos, língua inchada, lábios rachados e gânglios inflamados na região do pescoço.
A segunda fase é marcada pela descamação dos pés e das mãos, dores nas juntas, diarreia, dor abdominal e vômitos. Após isso, os sintomas regridem lentamente, em uma recuperação que pode durar até 6 meses, até a reabilitação completa.
Cerca de 20% dos casos podem apresentar complicações cardíacas, tais como miocardite (inflamação do coração), cardiomegalia (aumento do coração), arritmias (aceleração no ritmo cardíaco) e inflamação das artérias coronárias – responsáveis por abastecer o coração de sangue.
Essa última reflete uma das maiores preocupações, já que a inflamação pode ocasionar o surgimento de coágulos, que por sua vez podem provocar um infarto do miocárdio.
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Como é feito o diagnóstico da Doença de Kawasaki?
Os testes clínicos, realizados por profissionais especializados, são a melhor forma de atestar ou não a presença da doença. Exames laboratoriais podem ajudar na elaboração do diagnóstico, mas a definição do quadro acontece a partir do exame clínico.
Exames de sangue, urina e do coração podem acusar alguma anomalia e sugerir a ocorrência da doença. Porém isso só será atestado com base no teste clínico realizado por pediatras.
Existe ligação entre a Doença de Kawasaki e a COVID-19?
Em meio ao abalo gerado pela pandemia a nível mundial, médicos do Reino Unido fizeram um alerta à comunidade recentemente: crianças infectadas com o vírus da COVID-19 desenvolveram também a Doença de Kawasaki.
Há relatos em outros países da Europa, como a França, que viu o número de diagnósticos para a Doença de Kawasaki saltar, justamente em crianças acometidas pelo novo coronavírus.
Ainda não há nenhum teste ou estudo que, de fato, comprove essa ligação. Especula-se que, em crianças que tenham propensão a desenvolver a doença, a ocorrência de uma infecção por vírus – como é o caso do coronavírus – pode ser um gatilho para manifestar isso de forma mais precoce.
Sobre o novo coronavírus, sugerimos o acesso ao nosso infográfico Cuidados físicos e emocionais em período de quarentena, que mostra como conciliar o home office com a rotina familiar, aproveitando ainda mais a convivência entre todos os membros da família, inclusive as crianças!
Cuidando da saúde da criança
Se ainda existe muita incerteza com relação às causas da Doença de Kawasaki, uma coisa é fato: manter consultas regulares ao pediatra, e um acompanhamento regrado do estado clínico da criança, é a melhor forma de prevenir – e combater rapidamente – qualquer anomalia ou infecção.
Inclusive, a mudança de rotina ocorrida nos últimos tempos, por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus, exige cuidados especiais para preservar o bem-estar físico e emocional das crianças durante o período de quarentena.
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