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Apneia do Sono em Idosos: Impacto das Próteses e Qualidade do Sono

Uma mulher com a mão no rosto.

Com os avanços da medicina, a expectativa de vida aumentou — e com ela surgem novos desafios relacionados à qualidade de vida na terceira idade. Um dos aspectos mais afetados pelo envelhecimento é o sono, especialmente quando há condições como a apneia obstrutiva do sono (AOS).

Como o envelhecimento afeta o sono?

O sono no idoso passa por mudanças fisiológicas naturais. É comum que muitos desenvolvam o hábito de cochilos diurnos, o que pode comprometer um sono noturno profundo. O cronotipo matutino também se intensifica: muitos dormem mais cedo e despertam antes do amanhecer.

Práticas de higiene do sono para idosos e, em alguns casos, o uso de medicações temporárias, ajudam a melhorar a qualidade do descanso noturno.

Apneia do Sono em Idosos: causas e agravantes

Com o passar dos anos, os músculos da faringe tornam-se mais flácidos, comprometendo a função dos dilatadores naturais das vias aéreas durante o sono. Isso contribui para o surgimento ou agravamento da apneia do sono em idosos.

Além disso, o uso frequente de medicamentos na terceira idade pode afetar a qualidade do sono, interferindo nos ciclos do sono profundo e no relaxamento muscular.

A relação entre perda dentária e apneia do sono

A perda de dentes (edentulismo) altera a anatomia da face e impacta diretamente as vias aéreas superiores. Isso ocorre por fatores como:

  • Diminuição da altura vertical da face
  • Aumento da rotação mandibular
  • Hipertrofia da língua
  • Redução do espaço retrofaríngeo

Essas alterações, somadas à idade, favorecem a obstrução das vias respiratórias — agravando casos de apneia.

Dormir com ou sem prótese: o que diz a ciência?

Um estudo avaliou 77 idosos, que foram submetidos a polissonografia e questionários com e sem o uso de prótese total (PT) durante o sono. Os resultados mostraram:

  • Melhora na oxigenação (saturação) quando os participantes dormiam sem a prótese
  • Redução do IAH (índice de apneia-hipopneia), especialmente em casos moderados e graves

Apesar dos dados promissores, é importante destacar que apenas retirar a prótese não é suficiente para tratar a apneia do sono. O ideal é associar essa prática a terapias reconhecidas e individualizadas.

Higiene bucal e saúde do sono

Dormir sem a prótese também contribui para a higiene bucal. A saliva exerce melhor ação antibacteriana e de limpeza quando não há barreiras, reduzindo riscos de:

  • Inflamações
  • Lesões nos tecidos moles
  • Reabsorção óssea

Tratamentos para apneia do sono em pacientes edêntulos

  • Desdentados parciais (com próteses parciais ou implantes): o uso de Aparelho Intraoral (AIO) bipartido (duas placas) tem mostrado ótimos resultados.
  • Desdentados totais: o CPAP continua sendo o tratamento de escolha. Em casos leves, o uso de retentor lingual pode ser considerado.
Apneia do sono e a Perda de produtividade: o impacto do sono na produtividade

Conclusão

A apneia do sono em idosos é um problema sério, mas que pode ser gerenciado com abordagens específicas. Dormir sem prótese pode melhorar parâmetros respiratórios, mas não substitui tratamentos clínicos adequados. Avaliações personalizadas e o uso de terapias como CPAP ou AIO são fundamentais para garantir um sono mais reparador e uma vida mais saudável.

FAQs

1. O que é apneia do sono em idosos?

A apneia do sono em idosos é um distúrbio respiratório caracterizado por interrupções repetidas na respiração durante o sono. Ela é mais comum na terceira idade devido à flacidez muscular e alterações anatômicas causadas pelo envelhecimento.

2. Quais são os sintomas da apneia do sono em pessoas idosas?

Os principais sintomas incluem ronco alto, pausas respiratórias durante o sono, cansaço ao acordar, sonolência diurna, dificuldade de concentração e alterações de humor.

3. A perda de dentes pode piorar a apneia do sono?

Sim. O edentulismo altera a estrutura da face e pode reduzir o espaço das vias aéreas superiores, favorecendo o surgimento ou agravamento da apneia do sono em idosos.

4. Dormir com prótese total piora a apneia do sono?

Estudos indicam que dormir sem a prótese total pode melhorar parâmetros respiratórios, como saturação de oxigênio e índice de apneia-hipopneia (IAH), especialmente em idosos com apneia moderada a grave.

5. Qual o melhor tratamento para apneia do sono em idosos sem dentes?

O CPAP é a principal terapia indicada para idosos desdentados totais. Em casos leves, o uso de retentores linguais pode ser uma alternativa.

6. Prótese parcial ou implantes atrapalham o sono?

Não necessariamente. Pacientes com próteses parciais ou implantes podem se beneficiar de aparelhos intraorais (AIOs) bipartidos, que ajudam a manter as vias aéreas abertas durante o sono.

7. A apneia do sono em idosos pode ser confundida com outras doenças?

Sim. Fadiga, confusão mental e alterações de humor causadas pela apneia podem ser confundidas com sintomas de demência, depressão ou envelhecimento natural.

8. Higiene bucal influencia na apneia do sono?

Sim. Dormir sem a prótese melhora a ação da saliva, ajudando na limpeza bucal e diminuindo o risco de infecções e inflamações, que podem impactar a saúde geral e o sono.

9. A apneia do sono é mais perigosa em idosos?

Sim. Em pessoas mais velhas, a apneia pode agravar doenças cardiovasculares, aumentar o risco de quedas, comprometer a memória e reduzir a qualidade de vida.

10. Como diagnosticar a apneia do sono na terceira idade?

O diagnóstico é feito por um especialista, geralmente por meio da polissonografia — um exame que monitora o sono e detecta interrupções respiratórias.

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