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Como lidar com a obesidade na infância e na adolescência

Como lidar com a obesidade infantil e na adolescência vita checkup

A obesidade infantil é uma condição médica séria que afeta crianças e adolescentes em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 12,9% das crianças brasileiras com idade entre 5 a 9 anos sofrem com o problema.

A tendência é que isso se agrave cada vez mais, já que crianças com excesso de peso correm um alto risco de se tornarem adolescentes e adultos com excesso de peso, colocando-as em risco de desenvolver doenças crônicas – como doenças cardíacas e diabetes no futuro

A obesidade infantil também é fator de risco para o desenvolvimento do estresse, tristeza e baixa autoestima.

Tratar e prevenir a obesidade nessa faixa etária ajuda a proteger a saúde das crianças agora e no futuro. Saiba mais a seguir

O que causa a obesidade infantil?

As crianças ficam com sobrepeso ou obesas por várias razões. As causas mais comuns são:

  • Fatores genéticos;
  • Falta de atividade física;
  • Padrões alimentares pouco saudáveis – ou a combinação desses fatores.

Somente em casos raros, o excesso de peso é causado por uma condição médica, como um problema hormonal – um check-up pode descartar a possibilidade de uma condição médica como causa da obesidade.

Embora os problemas de peso possam ser consequência genética, nem todas as crianças com histórico familiar de obesidade terão excesso de peso. As crianças cujos pais, irmãos ou irmãs estão acima do peso podem ter um risco maior de se tornarem obesas, mas isso pode estar relacionado a comportamentos familiares compartilhados, como hábitos alimentares e de atividade física.

O nível de atividade física tem papel de destaque na obesidade infantil. Hoje, muitas crianças passam muito tempo inativas – à medida que computadores e videogames se tornam cada vez mais populares, o número de horas de inatividade pode aumentar.

Riscos da obesidade infantil

O excesso de peso entre as crianças pode ter complicações para o bem-estar físico, social e emocional – veja alguns pontos críticos a seguir:

  • Diabetes tipo 2: essa condição crônica afeta a maneira como o corpo das crianças usa o açúcar (glicose). A obesidade e um estilo de vida sedentário são fatores de risco para o diabetes tipo 2;
  • Síndrome metabólica: esse conjunto de condições aumentar o risco de as crianças desenvolverem doença cardíaca, diabetes ou outros problemas de saúde. As condições incluem pressão alta, açúcar elevado no sangue, triglicerídeos elevados, HDL baixo (“bom”) colesterol e excesso de gordura abdominal;
  • Colesterol alto e pressão alta: uma dieta pobre pode aumentar os riscos de a pessoa desenvolver uma ou ambas as condições – independentemente de sua idade. Esses fatores podem contribuir para o acúmulo de placas nas artérias, o que pode fazer com que elas se estreitem e endureçam, possivelmente levando a um ataque cardíaco ou derrame já nos primeiros anos da vida adulta;
  • Asma: crianças com sobrepeso ou obesidade podem ter maior probabilidade de ter asma;
  • Distúrbios do sono: a apneia obstrutiva do sono é um distúrbio potencialmente grave no qual a respiração de uma criança para e inicia repetidamente durante o sono;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA): Esse distúrbio, que geralmente não causa sintomas, causa acúmulo de gordura no fígado. O DHGNA pode levar a cicatrizes e danos ao fígado;
  • Fraturas ósseas: crianças obesas têm maior probabilidade de quebrar ossos do que crianças com peso normal.

Complicações sociais e emocionais

Além das questões físicas, a obesidade infantil também acarreta em prejuízos para a saúde mental das crianças:

  • Baixa autoestima e bullying: as crianças frequentemente provocam ou intimidam seus colegas com sobrepeso, que sofrem como resultado uma perda de autoestima e um aumento no risco de depressão;
  • Comportamento e problemas de aprendizagem: crianças acima do peso tendem a ter mais ansiedade e habilidades sociais mais deficitárias do que as aquelas com peso normal. Esses problemas podem prejudicar as crianças com excesso de peso em sala de aula e causar isolamento social;
  • Depressão: a baixa autoestima pode criar sentimentos avassaladores de desesperança, que podem levar à depressão em algumas crianças com excesso de peso.

Como tratar a obesidade infantil?

Elaborar um plano de cuidados que enfatize a dieta e exercícios de longo prazo, o suporte médico e o apoio da família podem promover mudanças drásticas no peso corporal.

Além disso, algumas medidas podem ser bastante úteis:

  • Limitar ou evitar o consumo de bebidas com alto teor de açúcar – como refrigerantes e bebidas industrializadas;
  • Oferecer uma dieta rica em frutas e legumes;
  • Sempre que possível, fazer as refeições em família;
  • Limitar o hábito de comer fora, especialmente em restaurantes de fast food. Quando for inevitável, ensine as crianças a fazer escolhas mais saudáveis;
  • Ajustar os tamanhos das porções de acordo com a idade e o nível de atividade física;
  • Limitar o uso da TV e gadgets a menos de 2 horas por dia para crianças com mais de 2 anos;
  • Observar se a criança tem as horas de sono necessárias por dia.

O acompanhamento médico também é essencial: é durante a consulta que o médico fará a medição da altura e do peso da criança – e calculará o seu IMC. Um aumento no IMC ou na classificação percentual ao longo de um ano é um possível sinal de obesidade infantil.

Manter uma rotina de check-ups médicos na infância e na adolescência afasta não só o risco da obesidade infantil, mas de doenças mais graves – clique para saber mais

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